top of page

Autoalienação Parental: Quando o Genitor Acusa, Mas é o Verdadeiro Responsável pelo Afastamento

  • Foto do escritor: Christofer Castro
    Christofer Castro
  • 11 de jun.
  • 5 min de leitura

ree

Você já viu um pai ou mãe acusar o outro de alienação parental, mas o filho, na verdade, se afasta por causa das atitudes do próprio acusador?


Pois bem. Isso é mais comum do que se imagina — e tem nome: autoalienação parental. Um fenômeno pouco falado, mas que causa um estrago enorme na vida das crianças e adolescentes.


Agora imagine: seu filho começa a evitar o contato com você.


Você diz que está sendo vítima de alienação parental, mas, no fundo, sua ausência, críticas constantes ou até sua indiferença é que estão afastando essa criança.


E se eu te disser que isso pode ser a chave para entender o verdadeiro problema?


O Que Está Por Trás do Afastamento?


É muito difícil admitir que, às vezes, somos parte do problema.


Mas quando um genitor se queixa que o filho não quer mais vê-lo, é preciso olhar com muita atenção: será mesmo culpa do outro genitor? Ou as atitudes e omissões do próprio reclamante estão por trás disso?


A autoalienação parental acontece quando um pai ou mãe, por comportamento negligente, abusivo ou ausente, acaba gerando no filho uma rejeição legítima. Em vez de reconhecer isso, essa pessoa acusa o outro genitor de alienação parental.


O problema é grave: o Judiciário nem sempre está preparado para lidar com essa situação, e a criança corre o risco de ser obrigada a conviver com alguém que ela evita por motivos reais.


Como Identificar a Autoalienação Parental?


A linha entre alienação e autoalienação é tênue, mas existem sinais claros:

  • Faltas constantes nos encontros com a criança.

  • Desinteresse nas datas especiais: aniversários, reuniões escolares, feriados.

  • Uso do tempo de convivência para falar mal do outro genitor ou fazer interrogatórios.

  • Rigidez exagerada, críticas constantes ou desprezo pelas emoções da criança.

  • Imposição de novas famílias sem respeitar o tempo emocional da criança.

  • Falsas alegações de impedimento de visitas, quando na verdade não houve tentativa real de aproximação.


🧩 Quadro Comparativo: Alienação x Autoalienação Parental na Prática

Situação

Alienação Parental

Autoalienação Parental

Faltas nos encontros

O genitor impede ou dificulta os encontros, inventa desculpas ou compromissos para a criança não ir.

O genitor não comparece aos encontros marcados, não avisa e nem se justifica. A criança se frustra e começa a rejeitá-lo.

Datas especiais ignoradas

O genitor alienador desmarca ou cria obstáculos para o outro genitor não participar de datas comemorativas.

O próprio genitor deixa de comparecer a aniversários, feriados e eventos escolares, demonstrando desinteresse.

Tempo de convivência tóxico

O genitor alienador diz à criança que o outro genitor é ruim ou perigoso, influenciando negativamente.

O genitor usa o tempo com o filho para falar mal do outro ou fazer perguntas invasivas, tornando o momento desagradável.

Rigidez e críticas constantes

O alienador faz a criança acreditar que o outro é cruel, rígido ou insensível, mesmo que isso não seja verdade.

O genitor exige maturidade excessiva, critica o filho o tempo todo e não acolhe seus sentimentos, afastando-o emocionalmente.

Nova família imposta

O alienador faz a criança rejeitar o novo cônjuge do outro genitor, dizendo que “querem substituir a mãe/pai”.

O próprio genitor exige que a criança aceite uma nova família sem preparo emocional, causando desconforto e rejeição.

Falsas alegações sobre visitas

O alienador mente que o outro não quer ver a criança, quando na verdade ele tenta manter o contato.

O genitor afirma que não vê o filho porque o outro “não deixa”, mas não faz qualquer esforço real para se aproximar.


E o mais grave: em alguns casos, o genitor pode silenciar a criança quando ela tenta denunciar abusos, ou descredibilizar seus sentimentos, rompendo o vínculo de confiança.


A Saída Jurídica: Avaliação Técnica e Escuta da Criança


A principal forma de comprovar a autoalienação parental é por meio de avaliação psicológica especializada, feita por peritos com formação específica em alienação e autoalienação parental. Esse laudo técnico é decisivo em ações judiciais.


Além disso, a escuta qualificada da criança — aquela feita por profissionais treinados, em ambiente seguro — é essencial para compreender se a resistência ao genitor é legítima ou manipulada.


E mais: o comportamento do genitor que se diz "vítima" precisa ser cuidadosamente analisado. A ausência afetiva, a negligência ou mesmo condutas abusivas não podem ser ignoradas.


E Se Nada For Feito?


Ignorar a autoalienação parental pode ter consequências devastadoras. A criança cresce com culpas, traumas e vínculos rompidos.


E o genitor que, por orgulho ou falta de autocrítica, não muda seu comportamento, pode perder o direito de convivência ou até a guarda.


Você já pensou no impacto de um diagnóstico errado? De obrigar uma criança a conviver com quem ela teme ou rejeita por motivos legítimos? A justiça precisa estar do lado da verdade — e, principalmente, da criança.


FAQ – Perguntas Frequentes


1. Qual a diferença entre alienação e autoalienação parental?

Alienação parental é quando um genitor manipula a criança contra o outro. Autoalienação é quando o próprio genitor, por suas atitudes, gera o afastamento do filho e depois culpa o outro.

2. O que pode caracterizar a autoalienação?

Ausência, abandono afetivo, críticas constantes, uso da criança como mensageira, entre outros comportamentos que geram repulsa legítima da criança.

3. Como provar que é um caso de autoalienação?

Com laudos de perícia psicológica e escuta qualificada da criança. O relato dela e a análise do comportamento do genitor são fundamentais.

4. O genitor pode perder a guarda por praticar autoalienação?

Sim. Se ficar comprovado que ele é o responsável pelo afastamento, o juiz pode rever a guarda e até limitar o contato.

5. A autoalienação parental é crime?

Ainda não há tipificação específica, mas suas consequências são levadas em conta nas decisões judiciais, e o genitor pode ser responsabilizado.


Para Refletir


A autoalienação parental é um alerta: nem sempre quem acusa é a verdadeira vítima. Muitas vezes, é o comportamento silencioso, negligente ou controlador do próprio genitor que está afastando o filho. E a criança, como sempre, é quem mais sofre.


Se você identificou algo semelhante na sua vida ou de alguém próximo, é hora de encarar os fatos com responsabilidade. Porque no centro de tudo está o bem-estar da criança — e ele precisa ser protegido acima de tudo.


Consideração Final


Vamos ser francos?


Você pode ter lido esse artigo e pensado: "Ah, na teoria é fácil entender, né?"


Mas não, não é fácil nem na teoria. E na prática, é ainda mais complicado. Porque provar uma autoalienação parental exige muito mais do que saber o conceito — exige estratégia, técnica e, principalmente, apoio jurídico bem preparado.


A verdade é que o genitor que pratica a alienação (ou a autoalienação) nunca vai admitir o que faz. Pelo contrário: ele se faz de vítima. E é aí que mora o maior desafio — provar o que está escondido, disfarçado, maquiado em discursos bonitos.


Por isso, se você está enfrentando uma situação assim, não tente resolver sozinho. A gente entende sua dor, sua vontade de proteger seu filho, sua frustração.


Mas lidar com isso exige uma construção cuidadosa, estratégica e personalizada, ao lado de um advogado de família que saiba exatamente o que está fazendo.


Porque cada caso é único. O seu caso é único!


E não basta só ter razão — é preciso construir a prova certa, com apoio técnico, escuta qualificada da criança, laudos psicológicos, registros, e uma narrativa jurídica sólida.


Não se engane: se você simplesmente perguntar "quanto custa para provar que é alienação parental?", sem ter uma estratégia clara, a chance de se dar mal é enorme.


A autoalienação parental é um dos desafios mais complexos do Direito de Família. Mas, com o suporte certo, é possível proteger quem mais importa nessa história: a criança.


---


Se o que foi tratado neste artigo reflete a sua situação, conte com o suporte de um especialista:

📞 Contato profissional: (31) 99135-4071

📍 Atendimento em todo o Brasil – direto de Belo Horizonte, MG

🔗 Converse pelo WhatsApp: https://wa.me/31991354071

 
 
 

Comentários


© 2025 por Christofer 

bottom of page