Como Comprovar a Alienação Parental
- Christofer Castro
- 10 de jun.
- 4 min de leitura

1. O Problema – Reconhecendo o Sintoma
Você já sentiu seu filho distante sem motivo aparente? Já se deparou com visitas que são sempre adiadas por motivos inesperados, como "ele não está bem" ou "ela tem um compromisso escolar"?
Pois bem, isso pode ser muito mais do que coincidência.
Esses sinais podem indicar alienação parental, um tipo de interferência psicológica feita por um dos genitores ou familiares com o objetivo de afastar a criança de alguém com quem ela possui vínculo afetivo.
Esse comportamento não só causa dor aos pais afastados como também representa uma ameaça real ao bem-estar emocional da criança.
2. Aprofundando o Problema – Impactos na Vida Real
A alienação parental pode acontecer tanto com mães quanto com pais. E mais importante: pode vir tanto de quem mora com a criança quanto de quem não mora.
Para quem mora com a criança
Alguns comportamentos comuns de alienação incluem marcar consultas médicas ou compromissos no horário das visitas, mudar de cidade sem informar o outro genitor, negar informações escolares e médicas e apresentar um novo companheiro como se fosse o pai ou a mãe da criança.
Para quem não mora com a criança
O alienador pode agir de forma sutil, por exemplo, não atender às ligações da criança nos dias combinados, faltar a eventos escolares importantes e, em casos mais graves, inventar acusações contra o outro genitor, como violência ou abuso, para justificar a ausência de contato.
É importante lembrar que a alienação não é um ato isolado. Falar mal uma única vez não caracteriza alienação parental.
É necessário haver um padrão de conduta que interfira negativamente na percepção da criança.
3. Provas Eficazes – Como Reunir Evidências
A chave está em reunir indícios constantes e organizá-los de forma clara. Veja como fazer isso na prática:
Diário de Ocorrências
Mantenha um caderno ou arquivo onde você registra todas as ocorrências relevantes. Inclua datas, horários, o que foi dito, como a criança reagiu e o que aconteceu. Esse diário pode ser um grande aliado na hora de organizar suas provas.
Prints e Conversas
Mensagens de WhatsApp, e-mails, prints de redes sociais e até conversas gravadas podem ser apresentadas como prova.
O ideal é que os prints mostrem número de telefone, data e horário.
Gravações de áudio ou vídeo não precisam do consentimento da outra parte para serem usadas judicialmente.
Ata Notarial
Se você tem uma conversa importante que comprova a alienação, pode levar seu celular a um cartório e pedir para lavrar uma ata notarial.
Esse documento atesta que o conteúdo existia no seu aparelho em determinada data, o que confere mais segurança à prova.
Testemunhas
Porteiros, professores, vizinhos, babás, líderes religiosos, familiares... qualquer pessoa que tenha presenciado atitudes alienadoras ou mudanças no comportamento da criança pode servir como testemunha.
Avaliação Psicológica
Um dos recursos mais fortes é a perícia técnica. Psicólogos e assistentes sociais analisam o contexto da criança, sua vida escolar, familiar e emocional.
Esse laudo é considerado altamente relevante pelo juiz.
Provas Criativas
Desenhos feitos pela criança, relatos espontâneos, atitudes ou expressões que demonstram rejeição sem causa justificada também são observados pelos peritos e podem reforçar o conjunto de provas.
Relatórios Escolares e Médicos
Negar acesso a boletins, relatórios de saúde ou reuniões escolares pode indicar alienação. Solicite esses documentos diretamente à escola ou clínica, por escrito, se necessário.
4. Exemplos de Provas por Perfil Familiar
Veja como diferentes provas podem ser apresentadas conforme a realidade da família:
Se você mora com a criança:– Prints de conversas em que o outro genitor atrasa visitas ou não aparece (auto alienação parental) – Laudos psicológicos mostrando medo ou rejeição induzida pela criança– Declarações de professores que notaram mudanças de comportamento após visitas
Se você não mora com a criança:– Provas de visitas canceladas repetidamente sem justificativa– Mensagens onde o outro genitor nega informações escolares ou médicas– Print de evento familiar ou escolar onde sua presença foi ignorada
5. Medidas que o Juiz Pode Tomar
Com base nos indícios apresentados, o juiz pode agir rapidamente, sem esperar por provas definitivas. Entre as medidas possíveis estão:
– Advertência ao genitor alienador
– Aplicação de multa
– Alteração ou ampliação do regime de convivência
– Acompanhamento psicológico para a família
– Visitas supervisionadas em espaço neutro
– Suspensão temporária da autoridade parental
A perda definitiva da guarda é sempre a última medida e só acontece quando há risco grave à integridade da criança.
6. Conclusão – Hora de Proteger Quem Mais Importa
Agora imagine você entrando na audiência com um dossiê organizado, com prints, testemunhas, laudos e registros. Imagine a força disso diante do juiz.
Você não precisa enfrentar tudo isso sozinho, mas precisa agir.
Cada dia em silêncio reforça a imagem que a criança está formando do outro genitor. A alienação parental não é só um conflito entre adultos.
Ela fere diretamente o direito da criança a crescer cercada de amor, proteção e equilíbrio emocional.
Proteger seu filho começa com a coragem de enfrentar o problema. Documente tudo, organize suas provas, busque ajuda jurídica e, acima de tudo, mantenha o foco naquilo que mais importa: o bem-estar da criança.
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