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Como Fazer um Bom Acordo Judicial ou Extrajudicial: Técnicas Práticas que Evitam Dor de Cabeça no Futuro

  • Foto do escritor: Christofer Castro
    Christofer Castro
  • 2 de mai.
  • 7 min de leitura



Você já se viu diante de um processo judicial e pensou: “Será que não dava pra resolver isso de forma mais rápida e menos dolorosa?”


Pois bem, muita gente já passou – ou está passando – por essa mesma situação.


Um conflito que parece não ter fim, com audiências marcadas, idas e vindas ao fórum e a incerteza que corrói a tranquilidade.


Agora imagine se existisse uma forma segura e eficaz de encerrar essa disputa com dignidade, evitando desgastes emocionais e financeiros...


E se eu te disser que essa forma existe, e tem nome: acordo judicial ou extrajudicial bem feito.


Neste artigo, vou te mostrar técnicas práticas, embasadas no Direito brasileiro, que fazem toda a diferença na hora de construir um acordo justo, eficiente e juridicamente seguro.


Fique comigo até o fim – você vai entender o que precisa fazer (e o que jamais deve fazer) nessa hora tão decisiva.


Acordo: O Caminho da Solução Pacífica


Antes de tudo, é importante entender o que é um acordo: trata-se de um entendimento mútuo entre as partes para resolver um conflito.


Ele pode ser firmado dentro de um processo (acordo judicial) ou fora dele (acordo extrajudicial). Em ambos os casos, o objetivo é o mesmo: chegar a uma solução que funcione para todos os envolvidos.


Mas atenção: nem todo acordo é igual. A qualidade e a forma como ele é construído fazem toda a diferença entre a paz definitiva e o retorno ao conflito.


As Técnicas para um Bom Acordo: O que Você Precisa Saber


1. Rapport e empatia: começar pelo clima certo


Negociar não é travar uma batalha. É construir pontes. Técnicas como o rapport (criar uma conexão de empatia entre as partes) ajudam a estabelecer um ambiente mais colaborativo. Quanto mais respeito e escuta houver, maior a chance de chegar a um consenso. Você conseguirá manter a empatia quando a outra parte fizer caras e bocas e falar absurdos? Pois é, é disto que estou falando! Se não consegue, desista de acordos.


2. Caucus: quando conversar em separado ajuda


Quando a tensão está alta, o conciliador pode conversar com cada parte separadamente (caucus). Isso permite desabafos e alinhamentos estratégicos sem exposição direta, favorecendo um retorno mais equilibrado à mesa de negociação.


3. Foco no futuro: olhar adiante


Uma boa negociação não fica presa ao passado.


O foco deve estar no que as partes ganham ao resolver a disputa agora.


Essa técnica, conhecida como foco prospectivo, ajuda a quebrar resistências e pensar em soluções mais duradouras.


Isto é extremamente relevante! Se você ficar falando de passado: "Mas você me traiu! Você que foi ausente! Você nunca me ajudou!", desista de acordo, a outra pessoa irá se armar.


4. Brainstorming de soluções criativas


Às vezes, a melhor saída está fora do óbvio.


Propor várias ideias, sem julgar de início, pode abrir caminhos que antes pareciam inviáveis. Essa técnica é especialmente útil quando os interesses parecem distantes.


5. Ceder com estratégia


Um bom acordo exige concessões. Mas cuidado: não entregue tudo de uma vez.


Guarde parte da sua margem de negociação para o momento certo.


Mostrar que está disposto a ceder já demonstra boa-fé, mas saiba dosar.

E lembre-se que existem direitos indisponíveis, que são os das crianças, e que o Ministério Público irá avaliar sua legalidade juntamente com o juiz.



O Papel do Advogado: Comunicação e Ética


Se você está assistido por um advogado, é essencial que ele:


  • Converse com você antes da audiência, para entender seus objetivos e seus limites;

  • Negocie diretamente com o advogado da outra parte, nunca com a parte contrária (isso é uma infração ética grave);

  • Redija um termo claro, com todos os detalhes do acordo, incluindo multas por descumprimento, forma de pagamento, desistência de recursos, divisão de custas e outras cláusulas essenciais.


Ah, e uma dica de ouro: nunca discuta o mérito do processo na audiência de conciliação. Esse momento é para buscar solução, não para alimentar a briga.


Evite Erros que Podem Anular o Acordo


Você sabia que, se um acordo for mal redigido ou tratar de um direito que não pode ser negociado (como guarda de filhos sem participação do Ministério Público), ele pode ser invalidado?


Pois é. Por isso, é fundamental:

  • Que o acordo envolva direitos disponíveis (aqueles de que as partes podem abrir mão);

  • Que esteja em conformidade com a lei;

  • Que seja homologado por um juiz, quando necessário, para ganhar força de sentença.


Acordo Homologado: Segurança Jurídica e Paz


Quando um acordo é homologado pelo juiz, ele passa a valer como uma decisão judicial. Ou seja: se alguém descumprir, a outra parte pode exigir o cumprimento diretamente, inclusive com multa.


Além disso, quando o acordo ocorre antes da sentença, as partes ficam isentas de pagar custas remanescentes, o que alivia o bolso e incentiva a resolução amigável.


Importante: Acordo não precisa acontecer só em audiência


Muita gente acredita que o acordo só pode ser feito durante uma audiência no fórum, mas isso não é verdade.


Você pode firmar um acordo a qualquer momento do processo — antes da audiência, depois da contestação, até mesmo depois da sentença (em casos específicos).


Basta que os advogados das partes protocolem uma petição conjunta com os termos do acordo, e o juiz poderá homologá-lo diretamente, sem a necessidade de audiência.


Ou seja: não é preciso esperar a próxima audiência para resolver o conflito. 


Se as partes chegarem a um consenso, o juiz pode homologar o acordo e encerrar o processo rapidamente, com segurança jurídica.


Pare de pensar que está abrindo mão dos seus direitos. Você está fazendo concessões recíprocas.


Muita gente trava na hora de negociar porque acredita que fazer um acordo é o mesmo que “abrir mão dos próprios direitos”.


E se você já pensou assim, saiba que não está sozinho. Essa ideia é comum — e perigosa.


Mas vamos inverter essa lógica?


Fazer um acordo não é desistir de tudo. É fazer concessões recíprocas.


Ou seja: você cede um pouco, a outra parte também cede, e os dois saem com uma solução prática e justa para um problema que poderia se arrastar por anos no Judiciário.


Mesmo porque, a decisão do juiz, pode ser ruim para você. Já pensou nisto?


Pense assim: você não está renunciando aos seus direitos — está decidindo até onde pode ir, de forma consciente, para encerrar um conflito com dignidade, segurança e paz.


Esse tipo de mentalidade muda tudo.


🚫 Não é “estou perdendo”.

✅ É “estou resolvendo com maturidade”.


Quando você encara a negociação como uma construção conjunta — e não como um campo de batalha —, as chances de chegar a um bom acordo aumentam. E mais: você preserva sua energia, seus relacionamentos e muitas vezes até seu dinheiro.


Conclusão: Não Deixe a Briga Falar Mais Alto


Negociar é uma arte. E também uma oportunidade.


Deixar um processo se arrastar por meses ou anos pode sair caro – em dinheiro, saúde e relacionamentos. Por outro lado, construir um acordo com base em técnicas corretas, com orientação jurídica adequada, é um passo em direção à paz e à segurança.


Não espere o conflito virar uma bola de neve. Saber negociar pode ser o que separa você de uma solução definitiva e tranquila.


Você está enfrentando uma situação que poderia ser resolvida por meio de um bom acordo?


PS: Não depende só de você ou do seu advogado


Tem pessoas que não há conversa. Que são ruins mesmo! Que querem vingança! Que querem o processo por "esporte". Que pensam: "para meus amigos tudo e para meus inimigos a lei". Se a outra parte do seu processo for assim, saiba que não tem acordo. Você lava as mãos, pois tentou. Aí, é teceirizar a decisão mesmo para o juiz, e aguardar. Recomendo que não fique pensando muito em processo não, deixe para o seu advogado (caso ele seja atencioso, é claro), e busque outras atividades. Atividade física, alimentação, psicólogos e leitura de aperfeiçoamento pessoal. Um dia, o juiz dará uma decisão, e você, se tornará uma pessoa melhor e não uma vítima de um processo desgastante.


❓ Perguntas Frequentes (FAQ)


1. O acordo precisa ser feito durante uma audiência?

Não. Essa é uma dúvida muito comum. O acordo pode ser feito a qualquer momento do processo. Se as partes entrarem em consenso, os advogados podem protocolar uma petição com os termos do acordo e o juiz pode homologar, mesmo sem marcar audiência.


2. O que significa homologar um acordo?

Homologar é quando o juiz confirma e aprova o acordo, transformando-o em uma decisão judicial com força de sentença. Isso dá segurança jurídica às partes e permite que o acordo seja executado diretamente, se houver descumprimento.


3. Posso propor um acordo e continuar defendendo meu direito no processo?

Sim! Propor um acordo não enfraquece sua posição no processo. O juiz entende que é uma tentativa legítima de resolver o conflito de forma amigável, sem que isso signifique abrir mão do mérito.


4. Fazer acordo é o mesmo que desistir dos meus direitos?

De forma alguma. Fazer um acordo é uma negociação com concessões recíprocas, não uma desistência. Cada parte cede um pouco para chegar a uma solução mais rápida, segura e equilibrada.


5. E se a outra parte não cumprir o acordo?

Se o acordo foi homologado pelo juiz, você pode pedir a execução judicial direta, sem precisar abrir um novo processo. O juiz pode aplicar multas e outras medidas para garantir o cumprimento.


6. Posso fazer um acordo mesmo se o processo ainda nem começou?

Sim! Isso é chamado de acordo extrajudicial. As partes podem firmar um documento entre si e, se desejarem, levar ao juiz para homologação. Isso dá mais segurança e evita disputas futuras.


7. O que pode ou não pode ser resolvido por acordo?

Somente os direitos disponíveis — aqueles de que a pessoa pode legalmente abrir mão — podem ser negociados. Por exemplo: dívidas, valores, contratos. Já direitos como a vida, a liberdade ou a integridade física são indisponíveis e não podem ser objeto de acordo.


8. Meu advogado pode falar diretamente com a outra parte?

Não. Se a outra parte tem advogado, o contato deve ser sempre entre os profissionais. Essa é uma regra de ética da OAB. Se for preciso falar com a parte contrária, seu advogado deve pedir autorização em audiência ou no processo.


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