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Fui acusado de alienação parental: como me defender e proteger meu vínculo com meu filho

  • Foto do escritor: Christofer Castro
    Christofer Castro
  • 9 de abr.
  • 5 min de leitura


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Ser acusado (ou acusada) de alienação parental injustamente é uma das experiências mais devastadoras que alguém pode viver durante um processo de separação ou disputa de guarda.


Além da dor emocional, a falsa acusação pode prejudicar sua imagem, interferir na convivência com o seu filho e até colocar em risco sua guarda.


A boa notícia é: é possível — e necessário — se defender.


Neste artigo, você vai entender:


  • O que é alienação parental (e o que não é);

  • Como a lei trata esse tipo de acusação;

  • Quais provas são aceitas;

  • O que fazer para se proteger de uma acusação injusta;

  • E por que agir rápido pode salvar o seu vínculo com seu filho.


O que é alienação parental — e o que pode ser confundido com isso?


A alienação parental é uma interferência psicológica na criança ou adolescente, praticada com o objetivo de afastá-lo de um dos genitores ou familiares.


Não basta apenas uma briga ou um desentendimento: é preciso que haja atos reiterados e intencionais que prejudiquem a relação da criança com o outro responsável.



Atenção: muitos comportamentos legítimos são usados como argumento para tentar mascarar a alienação — e o contrário também é verdade. Veja na tabela:

É alienação parental

Não é alienação parental

Dizer que o outro genitor faz mal à criança, sem provas

Relatar à Justiça conduta abusiva, com provas

Impedir a criança de ir nas visitas sem justificativa

Impedir visitas com base em ordem judicial

Apresentar falsa denúncia para dificultar a convivência

Registrar boletim de ocorrência com fundamento

Mudar de cidade ou escola para dificultar o acesso do outro genitor

Mudar por necessidade profissional, com autorização prévia

Como se proteger de uma falsa acusação?


1. Tenha tudo documentado judicialmente


A melhor defesa é ter guarda, pensão e regime de convivência definidos por sentença ou acordo homologado.


Acordos verbais não valem como proteção. Com uma decisão judicial fica muito mais fácil comprovar se você ou a outra parte estão comprindo seus deveres de convivência.


2. Registre tudo — absolutamente tudo


  • Use o Google Agenda ou planilhas para registrar dias e horários das visitas.

  • Anote atrasos, faltas e mudanças de última hora.

  • Tire prints de mensagens e armazene em seu e-mail.

  • Deixe as provas organizadas e contextualizadas!

    • Isto é muito importante, por exemplo: Dia 10/10/2025 - Aconteceu isto e aquilo, print abaixo. Utilize um documento do google docs, porque o google não vai perder suas provas, mas seu celular, você pode perdê-las.


3. Comunique-se de forma formal


  • Prefira e-mail ao WhatsApp, especialmente se há conflito.

  • Evite conversas por redes sociais.

  • Quando houver descumprimento do outro lado, informe de maneira respeitosa e com provas.


4. Prove que incentiva o convívio


Mesmo que o outro genitor não compareça às visitas, envie mensagens perguntando se ele virá.


Documente suas tentativas de aproximação. Exemplo: “Olá, hoje é dia de visita, você virá buscar a criança?”.


Estratégia de defesa: o que fazer se você foi acusado injustamente?


  • Contrate um advogado especializado em Direito de Família.

  • Peça a produção de provas no processo, como:

    • Testemunhas

    • Documentos

    • Prints de mensagens

    • Relatórios escolares e médicos

  • Requeira perícia psicológica se houver alegações emocionais.

  • Solicite escuta especializada da criança, se for o caso. É o exame psicossocial!

  • Demonstre boa-fé e colaboração com o Judiciário.

Consequências de uma acusação infundada


Falsas acusações também têm efeitos legais.


Quem mente no processo pode sofrer sanções, como advertência, multa, mudança no regime de guarda e até reparação por danos morais, se comprovada má-fé.


Perguntas frequentes (FAQ)


1. Alienação parental é crime? Não diretamente. A alienação parental gera consequências na vara de família, mas atos como calúnia, difamação e falso testemunho podem ser enquadrados criminalmente.

2. Como provar que não estou afastando meu filho do outro genitor? Com registros de comunicação, provas do cumprimento das visitas e mensagens incentivando o convívio.

3. O que fazer se o outro genitor sumiu e agora quer me acusar? Documente a ausência anterior dele. Isso é chamado de autoalienação parental, quando a própria pessoa se afasta e depois tenta culpar o outro pelo distanciamento.

4. Posso ser punido mesmo sem ter feito nada? Se houver indícios de alienação e você não se defender, sim. Por isso é essencial apresentar provas e demonstrar colaboração.

5. A escola pode impedir que eu tenha acesso ao meu filho? Não. Se isso acontecer, você pode entrar com ação contra a escola, a diretora e até o outro genitor.

Conclusão

Ser acusado de alienação parental injustamente não significa perder seu filho. Mas é preciso agir com estratégia, clareza e inteligência emocional.


Registre tudo, formalize sua conduta e se cerque de provas.


Com apoio jurídico qualificado, é possível demonstrar a verdade e proteger o mais importante: o bem-estar da criança.


Dá para consertar judicialmente — mas o impacto psicológico pode ser duradouro


É possível sim, judicialmente, corrigir uma situação de alienação parental.


A Justiça pode advertir, multar, alterar a guarda ou impor medidas para garantir o convívio saudável entre o genitor e a criança.


No entanto, o efeito psicológico da alienação é muito mais profundo — e nem sempre reversível.


Uma criança exposta por meses ou anos a esse tipo de manipulação emocional pode desenvolver bloqueios afetivos, rejeição injustificada, ansiedade, depressão e até transtornos de identidade.


Mesmo que o vínculo seja restabelecido por decisão judicial, ele pode não ter a mesma espontaneidade de antes.


Quadro Disruptivo: A Verdade se Prova Dentro e Fora do Processo

DEFESA DENTRO DO PROCESSO 📄

PROVA FORA DO PROCESSO (QUE VOCÊ DEVE COLETAR) 📸

Petição com pedido de produção de provas

Prints de WhatsApp e e-mails que mostram tentativa de convivência

Rol de testemunhas que conhecem a rotina familiar

Conversas com familiares, vizinhos, babás e professores que presenciaram o vínculo

Requisição de relatório escolar ou médico

Boletins, relatórios de comportamento e receituários que mostram sua presença

Pedido de perícia psicológica e escuta da criança

Relatórios de psicólogos particulares (se houver) mostrando sua postura colaborativa

Impugnação da versão da parte contrária

Agendas, prints, recibos de transporte, registros de entrega/retirada da criança

Pedido de multa por litigância de má-fé

Registro do histórico de ausência ou descumprimentos do outro genitor

Alegações finais com reconstrução cronológica dos fatos

Linha do tempo com datas e provas organizadas em ordem lógica

📌 Estratégia vencedora: quem espera o processo começar para reunir prova, já começa perdendo. Colete tudo fora, organize com lógica e jogue a verdade no processo — com técnica.

O afeto não obedece a sentenças.


Por isso, mais do que medidas jurídicas, é necessário tato, paciência e, em muitos casos, acompanhamento psicológico especializado.


Psicólogos com experiência em dinâmica familiar e escuta de crianças podem ajudar a reconstruir esse laço de forma segura, respeitosa e saudável para todos os envolvidos.

Judicialmente, se protege o direito de convivência.


Mas emocionalmente, é preciso reconstruir o afeto — e isso exige tempo, apoio técnico e sensibilidade.


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