“Por que meus netos não me visitam mais?” — Quando o silêncio esconde a alienação parental
- Christofer Castro
- 1 de abr.
- 3 min de leitura

Você já sentiu que foi apagado da vida dos seus netos, sem explicação, como se de repente tivesse deixado de existir?
Esse afastamento, tão comum quanto doloroso, muitas vezes é tratado como um problema “da família”, algo que vai se resolver com o tempo.
Mas e se esse tempo nunca vier?
E se, por trás desse silêncio, estiver escondida uma forma de alienação parental?
Muitos avós vivem isso calados. Deixam de ver os netos, param de receber ligações, e sequer sabem o motivo.
Às vezes, tudo começa após a separação dos pais da criança. Outras vezes, após uma desavença simples que toma proporções irreversíveis.
Enquanto isso, frases como “não vale a pena mexer nisso agora” ou “é melhor evitar confusão” continuam sendo usadas como desculpa para um afastamento injusto.
Só que o tempo não espera. E o vínculo entre avós e netos, se não for cultivado, pode desaparecer.
Quando a ausência deixa marcas profundas
Imagine uma avó que sempre buscava o neto na escola, preparava o lanche favorito, lia histórias antes de dormir.
Agora, ela só vê fotos antigas no celular, sem saber quando — ou se — vai abraçá-lo de novo.
Esse vazio não atinge apenas os avós.
A criança também sofre.
Ela perde a referência, o afeto, a segurança que só quem tem uma história de vida para contar pode oferecer.
Pior ainda é quando, além do afastamento, há uma tentativa de apagar ou distorcer a imagem dos avós.
Isso também é alienação parental — e pode causar danos emocionais profundos.
Você tem direito de conviver com seus netos
O que poucos sabem é que a legislação brasileira protege a convivência familiar ampliada.
Isso significa que a criança tem o direito de manter laços com pessoas importantes da sua história — como os avós.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a convivência familiar deve ser preservada sempre que for saudável e segura.
E a Lei da Alienação Parental considera como prática abusiva qualquer tentativa de dificultar ou impedir esses vínculos, sem justa causa.
Se o afastamento for proposital, injustificado e contínuo, é possível recorrer à Justiça para restabelecer o convívio com os netos.
Já existem decisões que garantem esse direito aos avós — e até casos em que os responsáveis foram condenados a pagar indenização por danos morais.
Cada dia longe é uma história que se perde
Agora imagine olhar para o futuro e perceber que você perdeu os melhores anos da infância dos seus netos.
Que não estava lá para o primeiro dente que caiu, para o aniversário de sete anos, para a primeira vez que andaram de bicicleta.
Deixar o tempo passar pode parecer mais fácil.
Mas, na prática, isso só reforça o distanciamento. E o que hoje é uma ausência, amanhã pode virar esquecimento.
Se você está sendo afastado da vida dos seus netos sem motivo, não ignore.
Busque orientação. Reivindicar o seu direito é também garantir à criança o direito de manter suas raízes vivas.
O amor entre avós e netos é insubstituível.
E quando esse vínculo é ameaçado, agir não é exagero — é cuidado.
Se isso fez sentido para você, talvez este seja o momento de dar um passo em direção à reconexão.
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